quarta-feira, 13 de julho de 2011

Sobre a Integração

Por Rodolfo Veloso.

Futuros delegados e demais interessados, em primeiro lugar gostaria de agradecer a todos os que por ventura estão lendo este post no blog pelo interesse na simulação interna do nosso Colégio Militar. Venho explicar de maneira rápida, porém um pouco mais aprofundada do que nas palestras feitas no CM, o grande diferencial do nosso modelo em relação à esmagadora maioria dos outros modelos do DF, Brasil e quiçá do mundo: a integração entre os comitês.

A II Mundo CM da forma que vocês agora conhecem foi concebida por membros do staff da primeira edição e outros envolvidos (atualmente, o Secretariado da II Mundo), todos modeleiros de outros carnavais que tinham vontade de fazer algo diferente, que tornasse uma simulação ainda mais interessante. E, então, surgiu a idéia de integrar os comitês.

Tenho que dizer que não é a primeira vez que se tenta algo parecido. Em edições de simulações renomadas, como a SiEM 2009 e a SiNUS 2010, houve comitês que eram diretamente ligados, com relação íntima entre um e outro. Mas os comitês integrados eram exceção, e todos os outros palcos de discussão na simulação corriam paralelamente. As discussões de um comitê não influíam absolutamente em nada nas dos outros.

Mas a ONU de verdade não funciona assim. Por isso, resolvemos inovar e fazer um modelo onde TODOS os comitês influenciam um ao outro!

Tudo isso começa pelos comitês: como se percebe, todos eles têm uma tônica em comum, certo? Um EcoFin sobre sanções à ditaduras, um CSNU sobre sanções a uma ditadura específica e um SpecPol sobre direito nuclear, abrangendo inclusive a questão da proliferação de armas nucleares... Que são o motivo das sanções em questão levantadas pelo CSNU. Por causa dessa arquitetura dos comitês, fica mais clara a interdependência entre cada fórum de discussão: as decisões de cada comitê podem esbarrar, contradizer ou complementar a do outro.

Para catalisar essa química entre os comitês, a AC também entra em jogo: além de redigir o tradicional jornal da simulação, ela será crucial na grande inovação que trouxemos a MUNDOCM: as coletivas de imprensa. Como foi dito nas palestras do Secretariado há pouco tempo, nelas serão feitas as perguntas que nenhum membro do alto escalão de governo no mundo inteiro gosta de responder: nelas, os delegados serão bombardeados pela AC com questões sobre o andamento dos comitês, a política externa de seu país e o desempenho e coerência das posições da delegação.

Ou seja: se um delegado contradiz a política externa de seu país em determinado comitê, cabe aos colegas de delegação deste “segurarem o rojão” nas coletivas de imprensa, o que acaba por unir a delegação no seguinte sentido: se a política externa não for coerente, toda a delegação vai ter que resolver o problema.

Em suma, o Colégio Militar terá uma experiência inovadora e única em matéria de simulações das Nações Unidas e todo o Staff convida vocês a fazerem parte dela. Nos vemos em setembro! ;)

Atenciosamente,
Rodolfo Veloso – Assessor acadêmico

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